O almanaque de futebol de Marty McFly: que tal viajar no tempo?

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Quem nunca desejou viajar no tempo? Se você pudesse, para que ano ou que dia viajaria? Essa foi a semente plantada por Robert Zemeckis em ‘De Volta para o Futuro’, estrelado por Michael J. Fox e Christopher Lloyd. No filme, de 1985, acompanhamos as aventuras de Marty McFly e do Dr. Emmet Brown a bordo da mais legal máquina do tempo: um De Lorean DMC-12. O filme fez tanto sucesso que ganhou duas continuações e, até hoje, tem milhões de fãs espalhados pelo mundo todo. Como o assunto aqui é futebol, que tal entrar na brincadeira?

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Encontramos o Almanaque de Esportes de Marty McFly, o notório viajante do tempo, e descobrimos que o ‘futuro’ em 85 só ia até 2000. Por isso, ficaremos devendo os resultados da fase de grupos da Champions League, as seleções classificadas para a Copa da Rússia e quem leva o Brasileirão. (Se você é fã de baseball, vai se interessar em saber que o Chicago Cubs vai ganhar a World Series). Não, já adiantamos que nossa intenção não é  enriquecer alterando o ‘space-time continuum’. Então, tire do armário o seu blazer com ombreiras, ajeite suas calças semibag de cintura alta, dê um trato nos mullets com gel brilho molhado e decore a letra de ‘Take on Me‘ do A-ha, que está bombando nas paradas, e lá vamos nós, de volta pro passado!

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Confira a linha do tempo e o que aconteceu no futebol mundial na semana de 21 a 27 de outubro de 1985.

21 de outubro, segunda-feira

O fim de Dadá?

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22 de outubro, terça-feira

O calvário do Galinho

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Amistoso nada amigável

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23 de outubro, quarta-feira

Gigantes se enfrentam pela segunda fase da Copa dos Campeões; confira os jogos de ida

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Bayern de Munique 4-2 Austria Viena
Anderlecht 1-0 Omonia
Honvéd 1-0 Steaua Bucareste
Zenit Leningrado 2-1 Kuusysi
Servette 0-0 Aberdeen
Gotemburgo 4-0 Fenerbahce
Barcelona 2-0 Porto
Verona 0-0 Juventus

Goleada australiana

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Pelé batendo um bolão

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Campanhas opostas, caminhos cruzados na terceirona inglesa

Depois de iniciar a temporada com um recorde de 13 vitórias consecutivas no campeonato, o líder da terceira divisão Reading finalmente perdeu pontos com um empate de 2-2, em casa contra o Wolverhampton, que está lutando para se salvar. Mesmo com o empate, o Reading ainda tem uma vantagem de 15 pontos sobre o Derby County. Os Wolves, ao contrário, são os penúltimos na tabela e estão próximos de se tornar o segundo clube na história do campeonato de futebol a sofrer três rebaixamentos sucessivos. Na mesma situação está o Swansea City, que terminou em sexto na Primeira Divisão em 1982 e agora ocupa o 21º lugar na terceirona. Wolves e Swansea atravessam uma grave crise financeira. (The Guardian)

Início do Segundo Turno do Campeonato Gaúcho

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24 de outubro, quinta-feira

A família Rooney ganha um novo membro

Nasce em Croxteth, na cidade de Liverpool, o primeiro filho do casal Jeanette Marie e Thomas Wayne Rooney. Wayne Mark Rooney nasceu perfeitamente saudável e já tem um clube para torcer, de acordo com o pai. Será um Toffee. Já ganhou peças de roupa em azul para celebrar a chegada do novo torcedor do Everton ao mundo. Seu Wayne também disse que o filho será jogador e dos bons. Quer que faça tantos gols quanto Gary Lineker, craque do Everton.

Uma Libertadores discreta

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Gauchão, complemento da primeira rodada do returno

Juventude 3-1 Aimoré

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José Maria Marín, o honesto

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25 de outubro, sexta-feira

O oposto da expressão “mais feliz que pinto no lixo”

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Nona rodada do Campeonato Espanhol

Atlético Madrid 3-1 Real Sociedad

Te cuida, Dieguito

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São Paulo firma novo contrato com jovens promessas

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26 de outubro, sábado

Melou, Falcão?

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Nona rodada do Campeonato Espanhol

Barcelona 1-0 Cádiz
Athletic Bilbao 3-1 Celta
Zaragoza 1-1 Betis
Sevilla 2-2 Real Madrid
Racing Santander 2-2 Valencia
Las Palmas 3-1 Espanyol
Osasuna 1-2 Sporting Gijón
Hércules 1-0 Valladolid

Eliminatórias da Copa do Mundo

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Terceira rodada do Campeonato Carioca

Portuguesa 0-0 Volta Redonda

Política e futebol

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27 de outubro, domingo

Novo televisor da Philips promete trazer nova experiência em som

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(Hora de um recadinho dos anunciantes) Você já viu o novo lançamento da Philips em televisores? Então olha só a Philips Trendset Stereo Espacial! Ele tem seis alto-falantes que trazem uma nova experiência em som stereo. No controle, 31 funções para você comandar da maneira que quiser o seu aparelho. Ele é Ideal para a sua família acompanhar as melhores atrações na telinha neste domingo. Não perca o Show do Esporte, na Bandeirantes, ou o seriado na Globo, ‘Duro na queda’, com Lee Majors. Corra já para a Mesbla e adquira o seu! Philips Trendset Stereo Espacial, a TV que quebra a barreira do som! Um oferecimento de Mesbla, o melhor para você!

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Terceira rodada do Campeonato Carioca

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Fluminense 2-0 Vasco
Flamengo 1-0 Olaria
Americano 1-1 Bonsucesso
Botafogo 0-2 Goytacaz
América 1-2 Bangu

Oitava rodada do Campeonato Italiano

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Atalanta 0-0 Fiorentina
Avellino 1-4 Como
Bari 2-0 Lecce
Internazionale 2-1 Roma
Pisa 0-2 Sampdoria
Torino 2-1 Napoli
Udinese 1-2 Juventus
Verona 1-0 Milan

Osmar Santos vem aí. Garoto bom de bola

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Nona rodada do segundo turno do Campeonato Mineiro

Atlético 1-1 Cruzeiro

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14ª rodada do segundo turno do Campeonato Paulista

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XV de Jaú 1-1 Corinthians
Palmeiras 1-0 Juventus
São Paulo 3-0  Santos
São Bento 0-0 América
Guarani 2-0 XV de Piracicaba
Ferroviária 1-1 Inter de Limeira
Comercial 0-2 Santo André
Noroeste 1-0 Paulista
Marília 1-1 Portuguesa

8ª rodada do segundo turno do Campeonato Paranaense

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Bang bang na Segundona

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Pronto, agora você pode ligar a sua TV e assistir os debates esportivos. Está liberado voltar pra 2015. Gostou da viagem? Esperamos que sim.

As aventuras do boleiro Che Guevara pela América

Ernesto Guevara de la Serna era um apaixonado torcedor do Rosário Central. Aos 6 anos sabia de cor a escalação do time. Seu primeiro ídolo foi Enrique “Chueco” García, vendido em 1936 pela astronômica cifra de 39 mil pesos ao Racing. Apesar de Alfredo Di Stéfano nunca ter jogado pelo Rosario, Ernesto tinha por ele uma devoção quase religiosa. Para os amigos que perguntavam porquê não torcia por Boca ou River, respondia “Sou rosarino. Sou canalla“.

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Apesar da asma crônica, que o incomodou por toda vida, Che era um atleta. “Só vou parar de praticar esportes quando morrer”, dizia. Começou com natação e corrida. Durante a adolescência se dedicou a vários esportes como rugby, basquete, tênis, ciclismo, montanhismo, golfe, boxe e ping pong. Praticava esgrima e ginástica. Incentivado pelo tio, Jorge de la Serna, aventurou-se no paraquedismo.

Em Cuba descobriu o basebol e foi o grande incentivador do xadrez, organizando torneios e participando de partidas coletivas com Victor Korchnoi, Mikhail Tal, Larry Evans, Miguel Najdorf e o grande mestre cubano Rogelio Ortega. “O xadrez é um passatempo, mas é também um educador do raciocínio, e os países que têm grandes equipes de enxadristas marcham também à frente do mundo em outras esferas mais importantes”.Mas, acima de tudo, amava o futebol.

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Dos companheiros de rugby ganhou o apelido de Fuser, abreviação de “furioso Serna”. Alto e de porte atlético, quando jogava na linha sempre marcava o jogador mais habilidoso do time adversário. Porém, ele preferia o gol, porque exigia menos fisicamente e permitia que usasse o inalador sempre que necessário. Conheceu Alberto Granado, a quem chamava carinhosamente de Mial (“meu Alberto”), seis anos mais velho e tão apaixonado quanto ele por esportes. Granado logo se tornou uma espécie de técnico da frenética atividade esportiva de Guevara.

Em 1952, os dois partiram para uma aventura pelas estradas latino americanas na motocicleta Norton 500, batizada de La Poderosa. O destino, a América do Norte, nunca foi alcançado, mas suas andanças renderam um diário, muitas histórias e, mais tarde, um filme.

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Reforços de peso

A moto quebrou logo no começo da viagem e os rapazes tiveram que seguir pegando carona em caminhões. No Chile, próximo a Punta Arenas, os viajantes encontraram um grupo que jogava futebol. Alberto tirou da mochila um par de tênis e colocou em prática suas habilidades futebolísticas. Resultado: os dois foram contratados por um modesto salário para jogar uma partida no domingo seguinte. Com direito a comida, hospedagem e transporte até a cidade de Iquique. A vitória foi comemorada com um churrasco preparado por Granado.

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No Peru, nas ruínas de Machu Picchu, mais uma pelada. A habilidade da dupla rendeu a simpatia do dono da bola, que era encarregado do hotel, o que garantiu hospedagem por alguns dias. O Sr. Soto adorava esportes e Ernesto teve boas conversas com ele sobre o assunto.

Depois de uma viagem de barco, ainda no Peru, os companheiros chegaram a Ucayale, na Amazônia peruana, onde fizeram uma parada em San Pablo, colônia de leprosos. Ali ficaram alguns dias trabalhando como voluntários. O leprosário tinha uma área reservada para os doentes mais graves, que ficava do outro lado do rio. Ernesto decidiu atravessar a nado. Nadou 40 metros mas desistiu, diferentemente do que aparece em “Diários de Motocicleta”, filme de Walter Salles.

Alberto Granado, pouco antes de morrer, contou que Ernesto era muito cabeça dura e quando colocava uma coisa na cabeça ninguém conseguia dissuadi-lo. Para provar a si mesmo que podia vencer mais este obstáculo, ele fez a travessia antes de seguir viagem.

No dia do seu 24º aniversário, os pacientes da colônia organizaram uma partida de futebol em sua homenagem. Guevara pôde mostrar toda sua habilidade como goleiro pegando um pênalti, enquanto Alberto jogou no ataque.

O professor chegou

No sul da Colômbia, na cidade de Letícia, foram contratados para treinar o time local, o Independiente Sporting. Por 15 dias, Ernesto e Alberto ensinaram técnica e tática e montaram o time usando como modelo o Grande Torino, campeão de tudo na Itália até a tragédia de Superga em 1949. Na primeira partida perderam por 2-0. O time era tão escasso que os dois decidiram jogar, com Guevara no gol e Granado na defesa.

Para surpresa geral a equipe chegou à final, perdendo nos pênaltis. Em uma carta para a mãe, Ernesto escreveu: “Alberto estava inspirado e fez lembrar, de certo modo, Adolfo Pedernera (ídolo do River Plate nos anos 1940) e seus passes milimétricos, ganhou o apelido de “Pedernerita e eu defendi um pênalti que vai entrar para a história de Letícia”. Com o dinheiro compraram as passagens de avião para Bogotá.

Na cola de Di Stéfano

Em julho de 1952, o Real Madrid realizava uma excursão pela América do Sul (venceu a primeira edição da “Pequena Taça do Mundo”, torneio internacional realizado na Venezuela). Em sua passagem pela Colômbia, o Real queria a revanche da recente derrota imposta pelo Millionários na ocasião das comemorações das Bodas de Prata do time espanhol.

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O “Balé azul” dos argentinos Alfredo Di Stéfano, Adolfo Pedernera e Néstor Raúl Rossi massacrou os donos da casa com um rotundo 4-2 em pleno estadio Chamartín sagrando-se campeão do torneio. Em Bogotá, o time merengue jogou duas vezes no estádio El Campín. A primeira partida, no dia 6 de julho, pelo troféu Copa Ciudad de Bogotá, foi vencida pelos donos da casa por 2-1 , gols de Pedernera e Di Stéfano. Três dias depois, uma nova partida, desta vez valendo o Trofeo de la Cancillería de España, vencida pelo Millonarios por 2-0, com dobradinha de Antonio Báez.

O encontro Che e Di Stéfano: aconteceu ou não?

Existem duas versões sobre o encontro de Guevara e Granado com Di Stéfano. A primeira diz que os dois rapazes foram até a concentração do time colombiano e conversaram com o jogador que, encantado com as histórias que eles contaram, presenteou os conterrâneos com ingressos para a partida do dia seguinte. A segunda versão diz que Ernesto e Alberto perseguiram Alfredo até encontrá-lo almoçando em um badalado restaurante do centro da cidade. A “flecha loira” deu duas entradas de presente para os fãs.

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O tão falado encontro nunca aconteceu. Em seu diário, Ernesto escreve: “Amanhã verei Miillonarios e Real da mais popular das arquibancadas“. Os ingressos foram comprados com o dinheiro que ganharam em Letícia. Guevara registrava em textos e fotos todos os acontecimentos marcantes, hábito que persistiu por toda vida, e conhecer Di Stéfano e assistir ao vivo uma partida tão importante certamente não passaria em branco em seu diário de viagem.

Em sua última entrevista, Granado conta que no fim da partida os dois discutiram por horas sobre quem era melhor, Di Stéfano ou Pedernera. Nenhuma menção sobre o encontro com o craque argentino foi feita.

Na Venezuela, Alberto e Ernesto se separam. Granado resolve ficar em Caracas e Guevara voltou para Buenos Aires para terminar o curso de Medicina. Di Stéfano mudou para a Espanha e foi jogar pelo Real Madrid. Depois daquele julho de 1952, cada um deles, à sua maneira, entrou para a história.

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Gaetano Scirea

Gaetano Scirea

1989, o verão europeu está terminando e, pelo campeonato polonês, jogam ŁKS Łódź e Górnik Zabrze. Na arquibancada, o jovem assistente técnico da Juventus de Turim observa o próximo adversário da Copa da UEFA. Na sua caderneta ele faz valiosas anotações sobre o atacante Ryszard Cyroń, marcador dos dois gols do Górnik Zabrze na partida daquele sábado.

O jogo termina tarde, deixando a volta para casa para o dia seguinte, logo depois da missa. O assistente sabe que tem pela frente 4 horas de viagem até Varsóvia, onde um voo para Turim o aguarda. O motorista parece ter pressa, porque o Fiat 125P está muito acima da velocidade permitida. Uma decisão instintiva, a ultrapassagem perigosa e, em questão de segundos, surge à sua frente um caminhão que transporta combustível. Em poucos minutos, o veículo está em chamas. Aos 36 anos, Gaetano Scirea está morto.

Scirea nasceu no dia 25 de maio de 1953, em Cernusco sul Naviglio, na Lombardia. Criado nas categorias de base do Atalanta, onde jogou de 1972 a 1974, foi na Juventus que ele conquistou tudo.

Gai, como era conhecido, é um dos cinco jogadores da história do futebol europeu que venceu todos os troféus internacionais reconhecidos pela UEFA e pela FIFA. Foram sete scudetti, duas Copas da Itália, uma Copa UEFA, uma Copa dos Campeões, uma Recopa UEFA, uma Supercopa europeia, um Mundial Interclubes e uma Copa do Mundo. Em sua imaculada carreira, talvez, o recorde que mais o represente é o de nunca ter sido expulso.

Como Scirea nenhum outro

Personagem raro no mundo do futebol, sobre Gaetano Scirea se pode escrever muito, mas nunca o suficiente. Impossível descrevê-lo sem repetir adjetivos como classe, talento, elegância, decência, gentileza e personalidade. Um cavalheiro com uma leitura incomparável do jogo, líbero por definição, como poucos. Ao contrário de Franz Beckenbauer e Franco Baresi, dois mitos na posição, que eram defensores que avançavam, Scirea era defensor quando estava na defesa e atacante quando estava no ataque. A “Velha Senhora” não amou ninguém como amou Gaetano.

Um dos protagonistas da conquista italiana de 82 – de seus pés saiu o passe para o gol de Tardelli que rendeu à Itália o tricampeonato – já tinha se destacado na Copa da Argentina, em 1978. Sua aventura azzurra terminou depois da Copa de 86, no México. Para dar a dimensão da importância de Scirea na seleção italiana basta lembrar que por causa dele Baresi passou seis anos na reserva.

Fora do campo

As homenagens não se limitam ao futebol No dia 26 de agosto de 2011, a banda Stadio lançou a musica “Gaetano e Giacinto”, dedicada a Scirea e Facchetti. Mesmo sem nunca ter pisado nos gramados nem do Delle Alpi nem do Juventus Stadium, a curva sul dos ultras juventinos leva seu nome.

Em sua memória foi criada a “Coppa Gaetano Scirea”, torneio internacional de futebol juvenil, realizado anualmente na cidade de Matera. A prefeitura de Turim deu seu nome à uma rua, no bairro de Mirafiore, zona periférica. Um prêmio para quem sempre preferiu os campinhos de várzea aos sofisticados parques da cidade piemontesa.

“Dizem que durante a partida, um jogador se transforma: bobagem, você é apenas você. Conta o instinto, ali não existe o freio da inteligência, aparece o profundo. E o profundo de Scirea era Scirea. Um defensor que nunca foi expulso porque para ele bastava a classe. Nunca vi ninguém mais elegante, com a cabeça erguida. E pureza do toque era a pureza moral. Homens importantes: quanta riqueza. Hoje a exasperação de tons me faz sentir ainda mais profundamente o vazio da perda. Gaetano me faz falta no caos das palavras inúteis, dos valores absurdos, das bobagens. Sinto falta do seu silêncio retumbante.” (Dino Zoff)

Às vezes, o futebol esquece e é preciso recordar. Gaetano Scirea era número 6 e escreveu seu nome na história do futebol. Discreta e timidamente. É preciso recordar que ele foi grande. Muito além dos títulos, poucos jogadores conquistaram a admiração e o respeito de companheiros e adversários. Saiu de cena sem alarde, como tudo que fez na vida.

São passados 26 anos daquele 3 de setembro de 1989. O tempo, que marca nossa vida, insiste em nos lembrar que os grandes não envelhecem e não morrem. Eles vivem na chama eterna da memória.

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  • Publicado originalmente no site “Todo Futebol”