As 10 partidas mais importantes da carreira de Del Piero segundo ele

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Hoje, 9 de novembro, Alessandro Del Piero faz 41 anos. Jogador mais importante da história da Juventus, detentor de todos os recordes, campeão do mundo em 2006, entrou em campo 688 vezes, 585 por clubes e 103 com a camisa da seleção italiana.

Em 2010, no seu livro “10+ O meu mundo em um número”, Del Piero elegeu as 10 partidas mais importantes da carreira. O gol mais importante? O de número 183, contra a Fiorentina pela Copa Itália, quando bateu o recorde de Gianpiero Boniperti e se tornou o maior goleador da história da Velha Senhora. Auguri, Capitano!

1. Itália x França – Final da Copa do Mundo, Berlim, 9 de julho de 2006

2. Alemanha x Itália – Semifinal da Copa do Mundo,  Dortmund, 4 de julho de 2006

3. Juventus x Ajax – Final da Liga dos Campeões, Roma, 22 de maio de 1996

4. Juventus x River Plate – Final da Copa Intercontinental, Tóquio, 26 de novembro de 1996

5. Itália x México – Grupos da Copa do Mundo, Oita, 13 de junho de 2002

6. San Vendemiano x Orsago – San Vendemiano, 10 de novembro de 1987

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7. Juventus x Real Madrid, Quartas de final da Liga dos Campeões, Turim, 20 de março de 1996

8. Juventus x Fiorentina, Quartas de final Copa da Itália, Turim, 10 de janeiro de 2006

9. Juventus x Fiorentina, 12ª rodada da Serie A, Turim, 4 de dezembro de 1994

10. Borussia Dortmund x Juventus – Grupos da Liga dos Campeões, Dortmund, 13 de setembro de 1995

Gaetano Scirea

Gaetano Scirea

1989, o verão europeu está terminando e, pelo campeonato polonês, jogam ŁKS Łódź e Górnik Zabrze. Na arquibancada, o jovem assistente técnico da Juventus de Turim observa o próximo adversário da Copa da UEFA. Na sua caderneta ele faz valiosas anotações sobre o atacante Ryszard Cyroń, marcador dos dois gols do Górnik Zabrze na partida daquele sábado.

O jogo termina tarde, deixando a volta para casa para o dia seguinte, logo depois da missa. O assistente sabe que tem pela frente 4 horas de viagem até Varsóvia, onde um voo para Turim o aguarda. O motorista parece ter pressa, porque o Fiat 125P está muito acima da velocidade permitida. Uma decisão instintiva, a ultrapassagem perigosa e, em questão de segundos, surge à sua frente um caminhão que transporta combustível. Em poucos minutos, o veículo está em chamas. Aos 36 anos, Gaetano Scirea está morto.

Scirea nasceu no dia 25 de maio de 1953, em Cernusco sul Naviglio, na Lombardia. Criado nas categorias de base do Atalanta, onde jogou de 1972 a 1974, foi na Juventus que ele conquistou tudo.

Gai, como era conhecido, é um dos cinco jogadores da história do futebol europeu que venceu todos os troféus internacionais reconhecidos pela UEFA e pela FIFA. Foram sete scudetti, duas Copas da Itália, uma Copa UEFA, uma Copa dos Campeões, uma Recopa UEFA, uma Supercopa europeia, um Mundial Interclubes e uma Copa do Mundo. Em sua imaculada carreira, talvez, o recorde que mais o represente é o de nunca ter sido expulso.

Como Scirea nenhum outro

Personagem raro no mundo do futebol, sobre Gaetano Scirea se pode escrever muito, mas nunca o suficiente. Impossível descrevê-lo sem repetir adjetivos como classe, talento, elegância, decência, gentileza e personalidade. Um cavalheiro com uma leitura incomparável do jogo, líbero por definição, como poucos. Ao contrário de Franz Beckenbauer e Franco Baresi, dois mitos na posição, que eram defensores que avançavam, Scirea era defensor quando estava na defesa e atacante quando estava no ataque. A “Velha Senhora” não amou ninguém como amou Gaetano.

Um dos protagonistas da conquista italiana de 82 – de seus pés saiu o passe para o gol de Tardelli que rendeu à Itália o tricampeonato – já tinha se destacado na Copa da Argentina, em 1978. Sua aventura azzurra terminou depois da Copa de 86, no México. Para dar a dimensão da importância de Scirea na seleção italiana basta lembrar que por causa dele Baresi passou seis anos na reserva.

Fora do campo

As homenagens não se limitam ao futebol No dia 26 de agosto de 2011, a banda Stadio lançou a musica “Gaetano e Giacinto”, dedicada a Scirea e Facchetti. Mesmo sem nunca ter pisado nos gramados nem do Delle Alpi nem do Juventus Stadium, a curva sul dos ultras juventinos leva seu nome.

Em sua memória foi criada a “Coppa Gaetano Scirea”, torneio internacional de futebol juvenil, realizado anualmente na cidade de Matera. A prefeitura de Turim deu seu nome à uma rua, no bairro de Mirafiore, zona periférica. Um prêmio para quem sempre preferiu os campinhos de várzea aos sofisticados parques da cidade piemontesa.

“Dizem que durante a partida, um jogador se transforma: bobagem, você é apenas você. Conta o instinto, ali não existe o freio da inteligência, aparece o profundo. E o profundo de Scirea era Scirea. Um defensor que nunca foi expulso porque para ele bastava a classe. Nunca vi ninguém mais elegante, com a cabeça erguida. E pureza do toque era a pureza moral. Homens importantes: quanta riqueza. Hoje a exasperação de tons me faz sentir ainda mais profundamente o vazio da perda. Gaetano me faz falta no caos das palavras inúteis, dos valores absurdos, das bobagens. Sinto falta do seu silêncio retumbante.” (Dino Zoff)

Às vezes, o futebol esquece e é preciso recordar. Gaetano Scirea era número 6 e escreveu seu nome na história do futebol. Discreta e timidamente. É preciso recordar que ele foi grande. Muito além dos títulos, poucos jogadores conquistaram a admiração e o respeito de companheiros e adversários. Saiu de cena sem alarde, como tudo que fez na vida.

São passados 26 anos daquele 3 de setembro de 1989. O tempo, que marca nossa vida, insiste em nos lembrar que os grandes não envelhecem e não morrem. Eles vivem na chama eterna da memória.

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  • Publicado originalmente no site “Todo Futebol”

21 Motivos para torcer pela Itália na Copa do Mundo

Como se a camisa colada na pele já não fosse justificativa suficiente para torcer pela Itália na Copa do Mundo, resolvemos enumerar outros motivos para virar bandeira. E criamos nosso próprio álbum de figurinhas – porque nós podemos.

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A muralha

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Buffon, Sirigu e Perin

Gianluigi Buffon – Se você gosta do tipo maduro, o goleiro italiano é o seu número. 36 anos, 1m91, e aquele ar de quem já viu melhores dias. Recém-separado, Buffon estará livre, leve e solto pelas Terras Brasilis entre junho e julho. 

Salvatore Sirigu – Vamos ter que admitir que Paris fez bem pro moço. Ele perdeu aquele ar amarrotado e ganhou um je ne sais quoi. Dizem que onde goleiro pisa não cresce grama, mas moramos em apartamento, então tá tudo bem. 

Mattia Perin – Perin faz sucesso com quem gosta de moleque largado. O cabelo sempre sem corte, a barba sempre por fazer e a roupa sempre mulambenta. Tem quem curta.

 

Feios, Sujos e Malvados

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Chiellini, Cerci e Parolo

Giorgio Chiellini – Quem ama o feio, bonito lhe parece. Taí Chielini que não nos deixa mentir. Ele é mal acabado, daqueles a quem faltou a última lixada, mas o importante é a beleza interior, né mesmo?

Alessio Cerci – Vamos falar a verdade, ele é feio. Deve estar na pequena cota de homem mal ajambrado da Itália, mas talvez seja exatamente aí que reside o charme do moço. No meio de tanta beleza, nem o feio é assim tão feio. 

Marco Parolo – Ele não é sujo nem malvado, só feio mesmo. Como se não bastasse o fato dele ser meio vesgo, tem também aquele ar desanimado. É o tipo do homem perfeito, se seu programa preferido é ficar encorujada em casa vendo TV. 

 

Debaixo desta barba também bate um coração

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Candreva, Pirlo, Barzagli e De Rossi

Antonio Candreva – Existe uma diferença entre a barba de Jesus Cristo e a do Unabomber. Aqui estamos andando em gelo fino, porque Candreva está na fronteira. Se você for do tipo que, quando o assunto é barba, não quer saber quem morreu, quer mesmo é chorar, ele é seu número. 

Andrea Pirlo – Homem com carinha de bebê não faz seu tipo? Temos Pirlo que, além de jogar muita bola, tem um ar de mistério. Mais fácil ganhar sozinho na Mega Sena que arrancar um sorriso desse homem. 

Andrea Barzagli – O zagueirão da Juventus, que em campo é um xerife, fora dele tem jeito de quem acabou de tomar banho com sabonete líquido cremoso.

Daniele De Rossi – Temos aqui um perfeito exemplar do tipo mendigo. De Rossi sofreu uma transformação: passou de moço arrumadinho com risca no cabelo a sujeito que largou mão de tudo, principalmente do barbeador. E, vamos admitir, nunca uma barba fez tão bem pra alguém… 

 

Princesos

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Bonucci, Abate, Marchisio e Ranocchia

Leonardo Bonucci – Com ou sem cabelo, Bonucci agrada gregas e troianas. Alto, magro, faz a linha poucos amigos. A gente sente uma ternurinha quando ele levanta a sobrancelha, parecendo fazer força pra pensar. Quem liga? 

Ignazio Abate – Temos aqui um tipo clássico de princeso. Não garantimos que chegue em um cavalo branco, mas vale a pena ficar de olho. 

Claudio Marchisio – Mamma mia, quando distribuíram beleza, Marchisio passou 10 vezes na fila! Alguém discorda que, se não fosse boleiro, ele teria lugar certo em qualquer passarela?

Andrea Ranocchia – Os olhinhos apertados e o frescor da juventude garantiram Ranocchia nesta categoria. Em campo, o futebol é não é lá essas coisas, então concluímos que foi convocado só pela beleza.

 

Encrenca 

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Ballotelli

Mario Ballotelli – Ele tem fama de bad boy, esquentadinho, indisciplinado, mas ninguém vai negar que o cara é bonito. Exagerado, só um desses brincos pagaria toda a dívida externa da Grécia. A verdade é, com Ballotelli não existe monotonia. 

 

Funko Pop

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De Sciglio, Verratti e Insigne

Mattia De Sciglio – Este é o bebê Johnson da seleção italiana. Com 21 anos, cheirando a leite, essa criança desperta os instintos maternais em qualquer uma.

Marco Verratti – Essa miniatura humana é o exemplo perfeito que os melhores perfumes vem nos menores frascos. 

Lorenzo Insigne – Temos aqui um bom exemplo do ‘homem de bolso’. Insigne é tão pequeno que deveria estar na seleção de futebol de botão.  

 

Convoca, Prandelli!

Como beleza nunca é demais, vamos dar algumas ideias de maravilhosidade para Cesare Prandelli reforçar o ataque e encher nossos olhos. 

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Totti, Toni e Matri

Francesco Totti – O capitão da Roma seria a opção perfeita para comandar a Itália meio capenga de Prandelli. Aos 37 anos, Totti ainda dá um bom caldo. Diga se não é difícil resistir a esse olhar de quem tocou fogo em Roma a pedido de Nero. Os desafetos gostam de dizer que o QI é de Forest Gump, mas aqui ninguém quer está procurando membro da Mensa, então bora.

Luca Toni – Pense num homem grande. Multiplique por 3, some mais 30 cm e o resultado é Luca Toni. Ele é bem rodado (quem somos nós pra julgar?), já jogou em todos os times da primeira divisão, foi campeão do mundo, então, poderia ser a carta na manga de Prandelli. Em campo ele faz o tipo ‘Tropeço’, tá passeando pela área, a bola bate nele e pimba….Gol! 

Alessandro Matri – Matri é o cara mais bacana do rolê. A vida dele não deve ser fácil, porque é dureza ser mais bonito que todo mundo à sua volta. Nós agradecemos por ele existir. Pele perfeita, cabelo sedoso, sorriso de parar o trânsito, alto como uma árvore. Achamos que ele merece uma vaguinha na seleção porque é certeza que a defesa adversária vai parar pra vê-lo passar.