O orgulho de Manchester: entre o futebol e a música

Todo Futebol estreia editoria especialmente planejada para os que apreciam futebol e música. A cada post, faremos uma playlist temática. Nada melhor do que começar com o grande clássico de Manchester entre United e City. Coloque seus fones de ouvido.

Manchester, England, England, across the Atlantic Sea…” grita o refrão da canção de Hair – a peça, o filme, escolha o seu -, mas Manchester não é só isso. Esqueça Londres, esqueça Liverpool, Manchester é a cidade mais famosa quando o assunto é futebol. E, de quebra, produziu algumas das melhores bandas dos últimos 35 anos.

Berço da Revolução Industrial, ao que parece a feiura cinzenta e gélida é propícia para o surgimento de novas ideias tanto sociais quanto culturais. Foi lá, por exemplo, que surgiu o movimento sufragista feminino e onde aconteceu o encontro de Friedrich Engels e Karl Marx. Manchester só não é democrática quando o assunto é futebol. Por lá, se você não é United, é City e fim de papo.

A rivalidade não está restrita aos confins de Old Trafford ou do Etihad Stadium. Algumas bandas da cidade competiram, discutiram, se odiaram por décadas. Talvez menos do que os irmãos Gallagher odeiam um ao outro mas na música, como no futebol, as paixão são insanas e inexplicáveis.

Para resolver o problema, fizemos duas playlists bastante democráticas de músicos que são fanáticos torcedores tanto dos Reds quanto dos Blues. Na nossa arquibancada punks, pops, góticos, depressivos e indies convivem pacificamente. Divirtam-se!

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MANCHESTER CITY

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Onze times grandes que já foram goleados por 7 a 1

Drama. Choro. Desespero. Ranger de dentes. Descrença. Surpresa. Vergonha. Decepção. Como vivem os times grandes que já levaram de 7 a 1 alguma vez na história? De que se alimentam? 7 a 1 foi pouco? Suas torcidas conseguiram superar o trauma? Essas e outras respostas a seguir.

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Primeiramente, é preciso dizer que não haveria pauta se o Brasil não tivesse levado uma naba da Alemanha. Acreditamos que recordar é viver, então infelizmente traremos esta enorme mancha da Seleção novamente à tona. Entendemos que o 7-1 não é um atestado de óbito e que é possível se reerguer depois dele.

Contudo, mesmo com uma infinidade de títulos depois (nem sempre foi o caso dos times que citaremos abaixo), a mancha permanece. Só que para o azar do Brasil, o 7-1 sofrido contra os alemães é o mais importante deste texto. Aos derrotados, a nossa solidariedade.

Brasil 1-7 Alemanha (Copa do Mundo 2014)

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E lá vem eles de novo. Olha que absurdo… a chance de mais um gol! As palavras de Galvão Bueno no quinto gol marcam a enorme surpresa do povo brasileiro ao ver o jogo da semifinal da Copa de 2014, no Mineirão. O Brasil apanhou feio da Alemanha e levou a pior goleada de sua rica história. A punição ao clima de oba oba talvez tenha sido pesada demais para a Seleção, que teria perdido de qualquer jeito. Quis o destino e o ataque alemão que fossem sete gols contra apenas um dos brasileiros. Cada torcedor tem os seus culpados para o vexame. Müller, Klose, Kroos (2x), Khedira e Schürrle (2x) marcaram para a Alemanha, Oscar diminuiu para o Brasil. A Alemanha foi campeã e a Seleção ainda levou porrada da Holanda na disputa do terceiro lugar.

Manchester United 7-1 Roma (Liga dos Campeões 2006-07)

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Em 2007, a Roma chegava às quartas de final da Liga dos Campeões, sonhando em quem sabe derrubar o Manchester United. No entanto, levou para a Inglaterra uma derrota por 2-1. A missão de reverter o agregado era possível até os onze minutos da primeira etapa. Carrick abriu o placar e a porteira: depois disso não se viu mais a Roma em campo. A chuva de gols ainda teve Rooney, aos 18, Cristiano Ronaldo aos 42 só no primeiro tempo. Nos 45 minutos finais, Cristiano Ronaldo, Carrick, De Rossi (para os italianos, tarde demais) e Evra balançaram as redes. United na semifinal e romanistas traumatizados. Vale lembrar que na fase de grupos da edição 2014-15 da Champions, a Roma levou outro 7-1, desta vez do Bayern, em pleno estádio Olimpico. Os ingleses pararam só nas semifinais, perdendo para o Milan de Kaká.

Corinthians 7-1 Santos (Campeonato Brasileiro 2005)

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7 a 1 eterno, brincam os corintianos com a goleada no Peixe, em novembro de 2005. Liderado por Tévez, o Corinthians caminhava para o seu quarto título na competição. No Pacaembu, teve gol pra dar e vender. O Timão não se importava que o adversário era o atual campeão brasileiro. Simplesmente atropelou e fez a festa. Rosinei abriu o placar e Geílson empatou, tudo isso com oito minutos no relógio. A partir daí, só Corinthians: Tévez fez três, Nilmar dois e Marcelo Mattos fechou a conta.

Fluminense 7-1 Botafogo (Campeonato Carioca 1994)

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Pelo quadrangular final do Campeonato Carioca de 1994, o Fluminense aplicou um 7-1 no Botafogo, para ganhar moral na disputa. No Maracanã, o Flu do técnico Delei esteve irresistível, mas não teve grande público para exibir a sua goleada. Cerca de 3 mil pagantes estavam nas arquibancadas para ver o clássico carioca, marcado para uma sexta-feira, 26 de abril. Ézio e Luiz Henrique marcaram duas vezes cada, Luiz Henrique, Tilico e Branco também deixaram as suas marcas. Grizzo diminuiu para o Bota. O Tricolor foi vice-campeão estadual daquele ano.

Vasco 7-1 São Paulo (Campeonato Brasileiro 2001)

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O Vasco de Romário entrou em campo e fez um jogo imparável contra o São Paulo, em São Januário, pelo Campeonato Brasileiro de 2001. Muitos torcedores do Tricolor se recordam daquela partida como a miséria absoluta do pobre goleiro reserva Alencar, que entrou para ocupar a vaga do titular Rogério Ceni, expulso por pegar a bola com a mão fora da área. A expulsão de Ceni foi o estopim para uma das grandes vergonhas do São Paulo. Gilberto, Euller, Romário (3x), Léo Lima e Dedé fizeram os gols vascaínos. França fez o único gol dos visitantes. O Vasco não conseguiu chegar na segunda fase e o São Paulo foi eliminado ainda nas oitavas de final pelo Atlético Paranaense.

Palmeiras 7-1 Flamengo (Torneio Rio-São Paulo 1951)

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O Palmeiras também já teve um resultado para entrar na história com o placar de 7-1. Os registros dão conta de que no Pacaembu, pelo Torneio Rio-São Paulo, o Verdão triturou o Flamengo em 25 de fevereiro de 1951. Marcaram: Rodrigues aos 15, Liminha aos 30, 44, 80 e 87, Lima aos 32 e Aquiles aos 68. – Durval foi o único flamenguista a balançar o barbante. Cabe acrescentar que os palmeirenses conquistaram o torneio posteriormente em cima do Corinthians. Este título foi o terceiro das chamadas Cinco Coroas: em sequência, o alviverde venceu a Taça Cidade de São Paulo de 1950, o Campeonato Paulista de 1950, o Rio-São Paulo de 1951, a Taça Cidade de São Paulo de 1951 e a Taça Rio de 1951, este contra a Juventus.

Boca Juniors 7-1 San Lorenzo (Apertura 2006)

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Com base do time que seria campeão da Libertadores em 2007, o Boca Juniors amassou o San Lorenzo em pleno Nuevo Gasómetro. Palermo fez um triplete, Palacio marcou duas vezes, Cardozo e Franzoia anotaram os gols xeneizes. Hirzig diminuiu a goleada pelo Cuervo. A partida ocorreu em 27 de agosto de 2006 e o Boca se tornou líder do Apertura, competição que venceria com 44 pontos, superando o Independiente apenas no saldo de gols.

Juventus 1-7 Milan (Campeonato Italiano 1949-50)

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O Milan conseguiu ferir a Juventus com uma goleada incontestável durante o Campeonato Italiano de 1949-50. No Comunale de Turim, então casa bianconera, os milanistas fizeram 7-1 e envergonharam a massa juventina com uma atuação fantástica. Na época, três suecos comandavam o ataque do Diavolo: Gren, Nordahl, Liedholm, o trio Gre-No-Li. Hansen abriu o placar para os mandantes, sem prever a virada e a catástrofe que viria: Nordahl e Liedholm fizeram dois gols cada, enquanto Gren, Burini e Candiani completaram a surra. A Juve não se abalou e conseguiu a recuperação até conquistar o scudetto daquela temporada, superando o mesmo Milan por cinco pontos.

M’gladbach 7- 1 Internazionale (Copa dos Campeões 1971-72)

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O 7-1 mais polêmico desta lista certamente é o do Borussia M’gladbach contra a Internazionale, pelas oitavas de final da Copa dos Campeões de 1971-72. Avassalador, o time alemão queria estender o seu domínio na Europa, mas foi impedido pelos italianos da Inter. No dia 20 de outubro de 1971, os Potros golearam com Heynckes, Le Fevre, Netzer (2x cada) e Sieloff, de pênalti. Boninsegna fez o de honra dos nerazzurri. O jogo acabou sendo anulado porque Boninsegna foi atingido por uma lata de refrigerante atirada por torcedores locais aos 29 minutos. Com a inversão dos mandos, a Inter venceu por 4-2 em Milão e empatou em Berlim por 0-0, ficando com a vaga. A grande atuação do craque Netzer com a camisa do M’gladbach foi apagada dos livros oficiais. Já a Inter, foi até a final e perdeu para o Ajax de Cruyff.

Sporting 7- 1 Benfica (Campeonato Português 1986-87)

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Em dezembro de 1986, pelo Campeonato Português, o Sporting deu o maior presente possível para os seus torcedores no dérbi lisboeta contra o Benfica. Fazendo 7-1 no rival, os Leões honraram a camisola alviverde com Manuel Fernandes (4x), Mario Jorge (2x) e Meade. Wando fez o único golo dos Encarnados. Até hoje esta partida é motivo de gozação entre os adeptos. Curiosamente, o Benfica acabou sendo o campeão daquela época com uma única derrota, justamente o 7-1 para o Sporting.

Barcelona 7-1 Leverkusen (Liga dos Campeões 2011-12)

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O Barcelona não teve dó do Bayer Leverkusen pelo jogo de volta das oitavas de final da Liga dos Campeões de 2011-12. Em casa, o time catalão viu Messi resolver a parada e levar a bola pra casa ao marcar cinco vezes no dia 7 de março de 2012. O argentino foi artilheiro do torneio graças à aquele jogo no Camp Nou. Tello fez os outros dois e Bellarabi diminuiu para os germânicos. Naquela campanha, o Barça só foi parado pelo Chelsea nas semifinais. Messi terminou com 14 gols, dois a mais que Mario Gomez, segundo goleador do torneio.