Musica para craque, a playlist definitiva

Segunda edição da nossa playlist reúne apenas hits que homenageiam craques do futebol mundial. Valem todos os estilos possíveis, desde que tragam o nome do jogador no título da faixa. Separe seus fones de ouvido.

Um grande jogador é imortalizado por seus feitos em campo. Um ídolo ganha música. Alguns dos maiores jogadores de todos os tempos foram eternizados em verso, prosa e ritmo. Nossa playlist super especial desta semana tem de rap a música brega. Mas isso importa? Na verdade, não.

Como futebol não conhece fronteiras e é o mais democráticos dos esportes, temos a banda australiana Vaudeville Smash tecendo loas a Zinedine Zidane, os franceses do Mano Negra cantando Diego Maradona, o catalão Joan Manuel Serrat homenageando László Kubala, a música de uma banda de Palma para Samuel Eto’o e muito mais. De bônus vai uma preciosidade: a música para Sven-Göran Eriksson.

Na série americana Breaking Bad, Walter White, ao se transformar em seu alter ego maléfico Heisenberg, cunhou a frase “Say my name”. Aqui, Zidane, Ibra, Falcão e cia, dizem “Sing my name”. Resista se for capaz.

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Pais que foram superados pelos filhos no futebol

As páginas dos jornais e os sites sobre futebol estão repletos de histórias de pais que viram seu legado no esporte ter continuação na pele de seus filhos. Muitos deles falharam em repetir o sucesso dos pais. Resolvemos inverter as coisas e selecionamos os filhos que conseguiram a façanha de superar o que os velhos fizeram com a bola nos pés. Ou seja, foram craques duas vezes.

Domingos e Ademir da Guia

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Dois craques de posições diferentes. Domingos da Guia, zagueiro, reinou absoluto quando o Brasil ainda não era uma potência no futebol. Conhecido como Divino Mestre, foi aclamado até por argentinos depois de sua passagem pelo Boca Juniors. Também vestiu as camisas do Bangu, Vasco, Nacional-URU, Flamengo e Corinthians durante a carreira. Se aposentou em 1950. Na década seguinte, viu seu filho Ademir ganhar respeito em solo nacional. O meia, apelidado de ‘Divino’ por causa do pai, foi o principal jogador da chamada Academia palmeirense, único time a fazer frente ao Santos de Pelé. Ademir é o maior ídolo do Palmeiras e até hoje é o recordista de presenças pelo clube: 901.

Djalma Dias e Djalminha

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Djalminha, meia com Flamengo, Guarani, Palmeiras e Deportivo La Coruña, é filho de Djalma Dias, zagueiro famoso por suas passagens pelo Atlético Mineiro, América-RJ, Palmeiras, Santos e Botafogo. (Não confundir com Djalma Santos, lateral do Verdão e da Seleção Brasileira). O velho Djalma chegou a jogar as eliminatórias da Copa de 1970. Morreu em 1990 e infelizmente não viu o filho estourar no futebol. Djalminha colecionou títulos no Flamengo, Palmeiras, La Coruña, Austria Wien e América do México.

Cesare e Paolo Maldini

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É difícil dizer que Cesare Maldini foi um jogador pior que o filho. Afinal, por muitos anos com a camisa do Milan, o defensor mostrou um nível técnico invejável. Seu Cesare venceu quatro vezes a Serie A com a equipe rossonera. No entanto, quando se fala em Maldini, é natural que o nome de Paolo venha à mente. Capitão e pilar defensivo de um dos maiores times da história, o filho de Cesare conquistou sete vezes o scudetto, cinco vezes a Liga dos Campeões e três vezes o Mundial Interclubes. Bem, depois disso não há muito o que discutir. E a história não termina por aí: Christian, filho de Paolo, já está jogando no juvenil do Milan. Tem 19 anos e também é defensor. Só que não parece fisicamente nem com o pai nem com o avô.

Finn e Michael/Brian Laudrup

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Quando Finn encerrou a carreira em 1981, pelo Brondby, não imaginava que sua família estaria muito bem representada nas décadas seguintes. O mesmo time dinamarquês revelou os irmãos Michael e Brian para o estrelato. A dupla colocou a Dinamarca no mapa dos grandes ao encantar na Copa de 1986 e vencer a Eurocopa de 1992 (Michael não estava no torneio). Hoje é tão notório o que os dois fizeram que muita gente nem sabe que Finn foi jogador no passado. Ele é mais conhecido como pai de dois craques.

Josef e Miroslav Klose

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Josef  jogou bola entre 1966 e 1984 e atingiu o auge atuando pelo Auxerre, da França. Era atacante, assim como o filho. Mas nem de longe conseguiu o prestígio de Miroslav, que é o maior artilheiro da história das Copas e campeão em 2014.

Maciej e Wojciech Szczesny

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Não vamos obrigar a pronunciar o nome e o sobrenome dos Szczesny, mas gostaríamos de dizer que Seu Maciej guarda um recorde interessante: foi campeão polonês por quatro equipes diferentes. Também era goleiro e jogou de 1983 a 2002. Seu filho, Wojciech, ganhou fama no Arsenal e hoje está emprestado à Roma. É goleiro da seleção polonesa e, em 2014, recebeu o troféu Luva de Ouro da Premier League. Então, já é bem mais reconhecido do que seu progenitor.

Miguel e Pepe Reina

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Bem, as coisas são um pouco mais disputadas entre os goleiros da família Reina. Miguel, arqueiro do grande Atlético de Madrid da década de 1970, foi campeão espanhol pelo Atlético em 1977, além do bicampeonato da Copa do Rei pelo Barcelona. Pepe, seu herdeiro, foi campeão mundial com a Espanha em 2010, bicampeão da Eurocopa, campeão alemão com o Bayern, da Copa da Itália com o Napoli e da Copa da Inglaterra com o Liverpool. Além disso, é um especialista em defender pênaltis.

Jorge e David Trezeguet

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Jorge Trezeguet atuou como zagueiro na década de 1970, mas não teve muito impacto no esporte. Jogou pelo Chacarita Juniors, pelo Estudiantes de Buenos Aires e pelo Rouen, da França. Teve sua carreira arranhada por ter testado positivo em um exame antidoping. O filho, David, nasceu em Rouen, quando o pai ainda atuava profissionalmente. Começou a carreira nos anos 1990 e despontou como grande atacante. Trezeguet Jr. entrou para a história como campeão mundial, autor do gol do título da Eurocopa de 2000, bicampeão francês com o Monaco, bicampeão italiano com a Juventus e foi lembrado como um dos 100 maiores atletas da história do esporte em lista da Fifa.

Jean e Youri Djorkaeff

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Jean Djorkaeff foi um jogador mediano que atuava como lateral. Esteve na Copa de 1966 e teve boa fase como atleta jogando por Lyon, Olympique de Marselha e Paris Saint-Germain. Contudo, o filho Youri superou as conquistas de seu velho vencendo a Copa de 1998 e a Eurocopa de 2000. O menino também atuou por Monaco, PSG, Internazionale, Kaiserslautern, Bolton, Blackburn e NY Red Bulls.

Juan Carlos Corazzo, Pablo Forlán e Diego

Essa é a história mais curiosa do post. Os Forlán estão na terceira geração. Juan Carlos Corazzo era meia e atuou no Independiente na década de 1930. Treinou o Uruguai na Copa de 1962. Sua filha Pilar casou-se com o lateral Pablo Forlán, que teve grande passagem pelo São Paulo e também vestiu as camisas de Peñarol, Cruzeiro, Nacional, Sud América e Defensor. O filho de Pablo, portanto neto de Juan Carlos, é ninguém menos que Diego Forlán, craque uruguaio e grande jogador de seu país na Copa de 2010, sem falar no título de 2011 da Copa América. Diego começou no mesmo Independiente do avô, foi para o Manchester United e foi matador por Villarreal e Atlético de Madrid. Também jogou na Internazionale, no Inter de Porto Alegre, Gamba Osaka e hoje está no Peñarol.

Juan Ramón e Juan Sebastián Verón

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Toda vez que alguém diz o nome Juán Verón, a torcida do Estudiantes chora de emoção e saudade. Também pudera: duas gerações da família marcaram época com a camisa pincharrata. O pai, Juán Ramón, era conhecido como ‘La Bruja’, por sua capacidade de enfeitiçar os adversários e uma curiosa semelhança física com o estereótipo clássico das bruxas. Já Juán Sebastián, careca de tudo, foi um craque das décadas de 1990 e 2000, com passagem notável pela seleção Argentina, Boca Juniors, Sampdoria, Parma, Lazio, Manchester United e Chelsea. Achou que estava faltando algo? Sim, os dois foram campeões da Libertadores com o Estudiantes.

Carles e Sergio Busquets

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A família Busquets tem forte ligação com o Barcelona. A história deles começou com Carles, goleiro reserva da equipe nos anos 1990. Seu filho Sergio, volante, foi formado pelas categorias de base e se tornou um jogador muito importante na fase dourada dos catalães. O herdeiro foi cinco vezes campeão espanhol e tricampeão europeu. Se parece pouco, junte a isso o bicampeonato da Eurocopa e o título mundial com a Espanha.

Frank Lampard Sr. e Frank Jr.

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Seu Frank foi lateral do West Ham e bicampeão da Copa da Inglaterra em uma longa passagem pelos Hammers. Jogou profissionalmente de 1967 a 1986. Também foi convocado para a Inglaterra algumas vezes entre 1972 e 80, quase sempre sem muito impacto. Já seu filho, Frank Jr, conseguiu ser um dos maiores meias que os ingleses já viram. Ídolo do Chelsea, também jogou no West Ham, Swansea e Manchester City. Hoje, aos 38 anos, atua no New York City FC. Juninho foi campeão europeu em 2012 e tem três títulos ingleses com os Blues de Stamford Bridge.

Roberto e Christian Vieri

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Os Vieri também podem contar boas histórias sobre futebol. A começar pelo seu Roberto, que era atacante e teve fase memorável por Bologna e Roma na década de 1970. O pai pode não ter tanta fama e nem títulos (duas Copas da Itália e uma Copa Anglo-italiana), mas o filho certamente foi uma estrela. Christian era um daqueles atacantes que nasceram para fazer gols. Predestinado a marcar de qualquer jeito, ‘Bobo’ era considerado um ‘grosso’ por muitos, apesar de ter enorme aptidão para balançar o barbante. E passou por vários clubes como Torino, Pisa, Venezia, Atalanta, Juventus, Atlético de Madrid, Lazio, Internazionale, Milan, Monaco e Fiorentina. Vieri filho levou duas vezes a Copa da Itália, uma vez a Serie A, uma Recopa Uefa e um Mundial Interclubes.

Dondinho e Pelé

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Seu Dondinho é uma lenda do futebol por motivos distintos. O primeiro deles por ter se lesionado antes de estrear como jogador do Atlético Mineiro. Atacante dos bons, teve sua carreira prejudicada por uma entrada violenta de Augusto, zagueiro que esteve na final da Copa de 1950 contra o Uruguai. Dizem que era tão bom quanto o filho, mas qualquer comparação feita com o seu herdeiro é injusta. Um certo dia, depois de uma derrota para o Alfenas, teve que deixar a cidade de Campos Gerais às pressas para fugir da fúria da torcida. Mudou para Três Corações, casou e, em 1940, teve um filho chamado Edson. O resto é história.

Lela, Alecsandro e Richarlyson

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O atacante Lela é lembrado por muitos como um dos principais nomes do Coritiba campeão brasileiro em 1985. O ex-atleta, além de ter feito muitos gols pelo Coxa, também teve o privilégio de colocar dois filhos no meio do esporte. O atacante Alecsandro e o volante Richarlyson podem não ser craques, mas têm certa importância no cenário nacional. ‘Alecgol’ foi campeão da Libertadores pelo Internacional e pelo Atlético Mineiro. Richarlyson, além do Mundial de Clubes da Fifa, levantou três vezes o Brasileiro com o São Paulo e também estava na campanha do título da Libertadores do Galo, em 2013. Atualmente os irmãos defendem Palmeiras e Chapecoense, respectivamente.

Kai Erik e Isabell Herlovsen

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Pensou que só pai e filho teriam lugar neste post? Se enganou. Temos aqui um exemplo bem bacana vindo da Noruega. O pai Kai Erik Herlovsen atuou como defensor nos anos 1970 e 80, com passagem notável pelo Borussia M’gladbach. Enquanto atuava nos Potros, teve uma filha chamada Isabell. A menina, que atua como atacante, foi iniciada no esporte em 2004. Desde então joga pela seleção norueguesa. Já foi quatro vezes campeã nacional em sua terra, além de ter vencido o Francesão com o Lyon em 2010.

Janos e Dzsenifer Marozsán

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O meia húngaro Janos Marozsán passou quase como um anônimo pelo futebol e atuou entre 1985 e 1997, sem muito destaque, por equipes de seu país e pelo Saarbrucken da Alemanha. O seu maior feito para o futebol é ser pai da meiocampista Dzsenifer Maroszán, que atua pela Alemanha. A menina começou no mesmo clube que o pai encerrou a sua carreira, o Saarbrucken. Hoje está no Frankfurt e já conquistou uma Eurocopa com a seleção alemã. Pela equipe sub-20, foi campeã mundial em 2010. Veste a camisa 10 da equipe germânica.

Rolf e Oliver Kahn

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O meia Rolf Kahn teve papel de destaque pela equipe do Karlsruher entre 1962 e 1965, antes de jogar por Phönix Bellheim, Homburg (não o Hamburgo) e Frankonia Stupferich. Ninguém lembraria do letão (sim, o Seu Rolf não era alemão), se não fosse a existência de seu filho e grande goleiro Oliver. Em 1969, quando Rolf deixava o futebol, o herdeiro nascia. Apareceu para o mundo em 1987, como gigante loiro com mullets que pegava até pensamento debaixo da trave do Karlsruher. Em 1994 foi para o Bayern de Munique e virou o grande goleiro da Alemanha até se aposentar em 2008. Ao todo, Oliver ganhou a Eurocopa de 1996, a Champions em 2001, oito vezes a Bundesliga, seis Copas da Alemanha, seis vezes a Copa da Liga alemã, uma vez a Copa Uefa e o Mundial Interclubes. Foi titular na Copa de 2002 e levou o prêmio de melhor jogador do torneio antes da final contra o Brasil. O prêmio zicou a vida de Kahn, que falhou feio no primeiro gol de Ronaldo e acabou sendo crucial para a conquista do Penta. Até aquele jogo o grandão só tinha sofrido um tento na competição. Coitado.

Jorge e Gonzalo Higuaín

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Jorge ‘Pipa’ Higuaín era zagueiro e teve sua melhor fase com a camisa do River Plate. Apesar de não ser muito técnico, compensava com força e boa marcação. Se aposentou em 1992, pelo Banfield, com dois títulos argentinos no currículo, ambos pelo River. Vivia na França quando teve seu segundo filho, Gonzalo. O menino virou atacante dos bons e começou no mesmo River. Vários gols depois, assinou com o Real Madrid e ganhou o status de indispensável para a Argentina. Hoje está no Napoli e é o matador do time italiano. Já venceu três vezes a Liga espanhola, uma vez a Copa do Rei e uma Copa da Itália pelos partenopei. Gonzalo, que participou de duas Copas do Mundo, foi vice-campeão em 2014. Seu irmão mais velho, o também atacante Federico, tem menos prestígio e atua pelo Columbus Crew, dos Estados Unidos.