Musica para craque, a playlist definitiva

Segunda edição da nossa playlist reúne apenas hits que homenageiam craques do futebol mundial. Valem todos os estilos possíveis, desde que tragam o nome do jogador no título da faixa. Separe seus fones de ouvido.

Um grande jogador é imortalizado por seus feitos em campo. Um ídolo ganha música. Alguns dos maiores jogadores de todos os tempos foram eternizados em verso, prosa e ritmo. Nossa playlist super especial desta semana tem de rap a música brega. Mas isso importa? Na verdade, não.

Como futebol não conhece fronteiras e é o mais democráticos dos esportes, temos a banda australiana Vaudeville Smash tecendo loas a Zinedine Zidane, os franceses do Mano Negra cantando Diego Maradona, o catalão Joan Manuel Serrat homenageando László Kubala, a música de uma banda de Palma para Samuel Eto’o e muito mais. De bônus vai uma preciosidade: a música para Sven-Göran Eriksson.

Na série americana Breaking Bad, Walter White, ao se transformar em seu alter ego maléfico Heisenberg, cunhou a frase “Say my name”. Aqui, Zidane, Ibra, Falcão e cia, dizem “Sing my name”. Resista se for capaz.

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Seis graus de separação: De Gatãozinho a Dennis Bergkamp

O mundo da bola é muito pequeno. Quando você acha que um jogador não tem absolutamente nada a ver com o outro, aparece alguém e te prova que eles se conhecem ou atuaram juntos em algum jogo perdido nos registros. Se em ‘Quadrilha’, o famoso poema de Drummond, João e Teresa dão o pontapé inicial a um dominó de pessoas até que um tal de J. Pinto Fernandes surge do nada, aqui nós não teremos de usar um plot twist engraçado para acabar a história. Mas vamos logo à explicação, antes que vocês fiquem confusos.

 

Estávamos na nossa tradicional reunião de pauta, sem muita ideia do que escrever, quando lembramos do jogo chamado ‘Six Degrees of Kevin Bacon‘. Nesta brincadeira, todos os atores de Hollywood estão de alguma forma ligados ao protagonista de ‘Footloose’, seja por papeis em filmes ou por mera associaçãoVocê deve estar pensando ‘mas o que raios isso tem a ver com futebol?’ Tem tudo a ver! Arregaçamos as mangas e resolvemos adaptar tudo isso ao futebol. E o resultado foi maravilhosamente aleatório. Como tudo aqui na TF.

A brincadeira é assim: pegue um jogador qualquer, de preferência um Zé ninguém que só o seu tio Tonico lembra, porque lia a Gazeta de Piraporinha nos anos 1980. Agora, escolha um craque renomado no mundo todo. De Ronaldo a Zidane. Pronto. Entre estes dois jogadores de destinos completamente opostos, estão outros cinco caras (ou menos) que atuaram com uma das partes. É sério, sempre tem um elo.

Para começar essa brincadeira, escolhemos o meia Gatãozinho, que teve passagem célebre pelo Juventus. Em algum ponto, ele pode ser conectado a Dennis Bergkamp, craque da seleção da Holanda e do Arsenal. A mágica é achar este ponto de intersecção que traça uma linha bem doida entre Gatãozinho e Bergkamp. Como nenhum desafio é impossível para nós, achamos uma forma de fechar o ciclo.

 

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Gatãozinho, Juventus 1983

Este homem ficou ‘famoso’ pelos seus anos no Juventus. Gatãozinho é considerado o craque do time campeão da Taça de Prata de 1983, mais conhecida como a Segunda divisão do Brasileirão naqueles tempos. Anos depois, ele foi parar no Bragantino, onde em 1989,  conheceu Gil Baiano.

Gil Baiano, Bragantino 1989

O lateral-direito Gil Baiano jogava no Bragantino no ano de 1989, quando cruzou seu destino com Gatãozinho. No ano seguinte, já sem o ex-juventino, o Braga foi campeão paulista e surpreendeu o Brasil ao fazer uma final exótica com o Novorizontino. Gil acabou indo parar no Palmeiras, onde foi campeão paulista e brasileiro em 1993, tirando o Verdão da fila. Nesta mesma equipe alviverde, Gil atuou com Edmundo, o Animal.

Edmundo, Palmeiras 1993

A ciranda segue com Edmundo, que foi um dos grandes astros responsáveis pela vitória palmeirense contra o Corinthians, na final do estadual de 1993. O atacante rodou por Flamengo, Corinthians e Vasco antes de ser vendido com status de melhor do Brasil à Fiorentina, em 1998. Naquela temporada, pôde fazer uma dupla formidável com o argentino Gabriel Batistuta, capitão da Viola.

Gabriel Batistuta, Fiorentina 1998

Batistuta, como vocês já devem ter acompanhado aqui no site, disputou nove temporadas da Serie A italiana pela Fiorentina e conquistou apenas um título, o da Copa da Itália. Resolveu sair e foi vendido à Roma em 2000, para sanar problemas financeiros da Viola. Conseguiu finalmente ser campeão italiano e teve o volante brasileiro Emerson como companheiro. Roda, roda, roda e avisa…

Emerson, Roma 2001

Emerson, que foi revelado pelo Grêmio e defendeu o Bayer Leverkusen até 2000, chegou junto com Batistuta à Roma. Os dois levaram o time da capital a um título esperado por 18 anos. Pelos seus serviços prestados, o volante foi convocado pela Seleção Brasileira e jogou a Copa de 1998. Era o capitão do Brasil para a Copa de 2002, mas deslocou o ombro durante um treinamento e não chegou a atuar naquele torneio. O Brasil foi pentacampeão com Gilberto Silva como titular.

Gilberto Silva, Brasil 2002

Gilberto Silva foi um volante de suma importância no esquema de Felipão para a Copa de 2002. Começou no América Mineiro e logo chamou a atenção do Atlético, se transferindo em 2000 para o Galo. A sua participação no Mundial do Japão lhe colocou no mapa dos grandes europeus. Com o Penta, acabou comprado pelo Arsenal logo depois da Copa. Aí, finalmente…

Dennis Bergkamp, Arsenal 2003

…chegamos ao holandês. Bergkamp, que ficou famoso por fazer golaços ao longo de sua carreira, começou no Ajax, foi transferido para a Internazionale e depois aceitou um convite do Arsenal. Na Inglaterra, teve sua melhor fase. E em 2002, cruzou com Gilberto nos Gunners. Em 2003, deram início ao time conhecido como ‘Invincibles’, que conquistou a liga de forma invicta no ano seguinte.

Fascinante, não? Pois é, também achamos. Semana que vem tem mais, com outros sete jogadores aleatórios.

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