Os maiores argentinos da história da Juventus

Juventus FC v SS Lazio - Serie A

Investindo pesado para vencer a Liga dos Campeões, a Juventus não está pra brincadeira. O diretor esportivo Giuseppe Marotta mostrou que entende mesmo de mercado e fez ótimos negócios trazendo Pjanic, Dani Alves e Benatia gastando, até o momento, apenas 35 milhões de euros.

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A realeza sangue verde da Escócia

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Andy Murray não pode reclamar de 2016. Nos primeiros 6 meses do ano, colecionou vitórias em todos os setores: tornou-se pai, o primeiro escocês a conquistar duas vezes Wimbledon e viu o Hibernian ganhar a Copa da Escócia depois de 114 anos. O amor pelo Hibs é hereditário e por pouco Murray não se tornou craque em outro tipo de gramado.

Herança de família

Andy Murray, recém coroado rei de Wimbledon, está acostumado a vencer e quebrar recordes. Com lugar garantido entre os quatro maiores tenistas do mundo, tem 40 títulos de torneios da ATP, venceu duas vezes o torneio mais importante do planeta, ganhou uma medalha de ouro na Olimpíada de Londres e entrou para história como o único britânico a vencer um  Grand Slam na Era dos abertos. Junto com o irmão Jamie venceu a Copa Davis, torneio que os britânicos não venciam há 79 anos. Além dos genes dos rebeldes ancestrais, o sangue verde, herdado do avô, quase roubou das quadras o maior campeão britânico.

Robert Roy Erskine tinha duas paixões: o tênis e o futebol. Depois de cumprir o serviço militar – para quem não sabe, os escoceses servem na guarda da rainha usando aquele glorioso chapéu de pele de urso – Roy foi convidado para treinar no júnior do Hibs. “Hibernian era o melhor time da Escócia naquela época”, relembra o ex-zagueiro, hoje com 84 anos.

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Nas três temporadas vestindo a camisa verde, ele teve poucas chances no time principal dirigido por Hugh Shaw. Erskine tem orgulho de lembrar que jogou a final do torneio East of Scotland Shield com os “Famosos Cinco“. Segundo ele, o resto do time também era bom. Ele destaca Jim McCracken, Jim Souness e um ponta chamado Crawford. Erskine é humilde ao admitir que não teria lugar naquele time: “Era um grande time e eu não era bom o suficiente”. A curta carreira, iniciada em Easter Road, continuou no Stirling Albion e no Cowdenbeath. Foram 46 partidas´pela Liga Escocesa e o gol de empate na partida com o Hearts pela Copa da Escócia. Um belo gol contra!

Roy Erskine é o avô materno de ninguém menos que Andy Murray. As histórias dos tempos que jogava com grandes craques fizeram o pequeno Andrew se apaixonar não só pelo futebol, mas pelo Hibernian. Um dos grandes prazeres de Roy era levar os netos, Jamie e Andrew, para assistir as partidas dos juvenis do Hibs, nas manhãs de sábado em Leith. Outro programa familiar imperdível era o “Hibs Kids Open Days”, no fim da temporada, quando os pequenos torcedores tinham a chance de conhecer seus ídolos. O jogador favorito de Andy era Keith Wright e uma de suas melhores lembranças é a foto que tirou junto com ele, quando tinha apenas 6 anos. Hoje, os papeis se inverteram e agora Wright é o fã declarado de Murray: “Entre tantas crianças que queriam tirar foto comigo, fui logo escolher um futuro campeão. E, nessa época, eu era a pessoa mais famosa na fotografia!”

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Aos 11 anos, Andy passava todo o tempo livre jogando por dois times. Os treinadores do Gairloch United Boys Club diziam que ele era um talento e podia jogar tanto no meio campo quanto no ataque. Dois anos mais tarde, recebeu um convite para treinar na escolinha do Rangers. Convite recusado, é claro. Um problema no joelho, posteriormente diagnosticado como patela bipartida, e o amor crescente pelo tênis puseram fim na sua carreira no futebol. Mas seus dias nos campos deixaram uma incomoda lembrança, a contusão crônica no tornozelo esquerdo, que o obriga a jogar com uma proteção.

Na história de Dunblane nos bons e nos maus momentos

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Não foi o tênis quem primeiro colocou Murray nas manchetes dos jornais escoceses. Ele estudava na Dunblane Primary School e, em 1996, a escola foi palco do que até hoje é considerado o maior ataque contra crianças da história do Reino Unido. No dia 13 de março, o ex-chefe dos escoteiros, Thomas Hamilton, a quem a mãe de Andy costumava dar carona, entrou no ginásio da escola e disparou 109 vezes, matando 16 crianças e uma professora. O atirador se suicidou em seguida.

O massacre de Dunblane deixou marcas profundas em Andy Murray. Este ano, quando a tragédia completou 20 anos, ele quebrou o silêncio e falou sobre o assunto: “Esta é talvez uma das razões porque eu nunca penso nisso. É muito desconfortável pensar que ele era uma pessoa que eu conhecia, alguém com quem eu convivia nos escoteiros. Descobrir que ele era um assassino foi uma coisa com a qual eu não consegui lidar. Alguns dos irmãos e irmãs dos meus amigos morreram. Eu só tenho flashes daquele dia. Lembro das músicas que cantamos na classe”. Andy, de 8 anos, e seu irmão Jamie, dois anos mais velho, estavam a caminho do ginásio quando os disparos começaram e só se salvaram porque ficaram escondidos debaixo de uma mesa.

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A grama é verde e Murray também

Não foram poucas as chances que Andy Murray teve de virar a casaca. Na infância, enquanto os amigos, torcedores de Celtic ou Rangers, colecionavam títulos, ele via o time alviverde subir e descer de divisão. Nos quatro anos que viveu em Barcelona, assistiu partidas da Champions League no Camp Nou e viu o ainda desconhecido Lionel Messi dar os primeiros passos de sua incrível carreira. Mas, até hoje, nada consegue impressioná-lo mais que ver o Hibernian entrar em campo. Em seu currículo de torcedor só falta assistir um derby Hibs-Hearts em Easter Road: “Eu nunca fui a um derby de Edinburgo, mas ouvi dizer que a atmosfera é incrível. Espero ter a chance de assistir quando me aposentar e voltar para a Escócia.”

Viajando pelo mundo para participar dos torneios da ATP, Murray só consegue acompanhar as partidas do time pela internet, através de um streaming legal, ele insiste em esclarecer. E nenhum esforço é grande demais pelo Hibernian. Em maio passado, para assistir a primeira partida da final da Copa da Liga contra o Rangers, ele acordou às 5 da da manhã, no horário da Califórnia. No dia da final estava em Paris, se preparando para a estreia em Roland Garros, e comemorou o título sozinho, uma vez que o irmão e a mãe o abandonaram para presenciar in loco a histórica vitória do alviverde.

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Desde sempre, Andy Murray se sente confortável cercado de verde. Seja num campo de futebol, na tradicional quadra de grama de Wimbledon aparada na altura de 8 mm ou vestindo a camisa do Hibs. Para ele nada disso importa, porque é verde o sangue que corre em suas veias.

Pequenas coisas que resultaram na grande noite azzurra em Berlim

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Há 3.653 dias, a seleção italiana realizava o sonho do tetracampeonato, acalentado por 24 anos. A Azzurra tinha saído de casa desacreditada, mergulhada em escândalos e com a obrigação de provar muito para si mesma. Marcello Lippi conseguiu transformar um grupo de jogadores em um bando de irmãos, que juntos fizeram história e escreveram mais um capítulo dessa fábula chamada futebol.

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O outro Ragnar herdeiro de Odin

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Ragnar Sigurðsson entoou o coro viking junto com os companheiros e calou a torcida inglesa, assim como fez, durante os séculos VIII e IX,  o rei que lhe empresta o nome. Foi do camisa 6 da Islândia o primeiro gol – e o primeiro prego no caixão da Inglaterra – que levou sua seleção onde nenhum outro tinha levado. As semelhanças entre os dois Ragnars não terminam aí. Os dois, descendentes de Odin, parecem bafejados pelos deuses e destinados a grandes feitos.

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Ragnar Lodbrok não é um personagem fictício da série The Vikings, do History Channel. Ele existiu de verdade e tocou o terror contra ingleses e franceses. Fazendeiro de nascimento, nunca se contentou com a vida monótona e tornou-se guerreiro. Ragnar participou de várias incursões para saques e pilhagens. Nos períodos em que estava em terra firme, era dominado pelo tédio. Por isso, decidiu liderar a expedição por mares nunca dantes navegados e acabou invadindo a ilha britânica (a atual Grã-Bretanha).

Em busca de novas emoções, Ragnar ficou obcecado por conquistar Paris, cidade cercada por muros e considerada impenetrável tanto por terra quanto pelo rio Sena. Os franceses não contavam com a paciência viking. Mesmo em menor número, os bravos nórdicos resistiram por meses e tomaram a cidade sem derramar sangue. Lodbrok foi coroado rei da Dinamarca e seus feitos são parte importante das sagas nórdicas.

A história que tem o dom de se repetir

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França e Inglaterra parecem estar no destino daqueles chamados Ragnar. Desconhecido antes da Euro 2016, Ragnar Sigurðsson é um dos destaques da competição. Nascido em um país sem nenhuma tradição futebolística, desde cedo ele soube que tudo que queria na vida era jogar futebol: “Futebol é tudo que eu tenho na vida. Não tenho estudo. Lutei para ser jogador de futebol. Quando todos os outros garotos estavam se divertindo e bebendo nas férias, eu estava em casa comendo aveia.”

O sacrifício valeu a pena e ele foi descoberto pelo Fylkir, time da capital Reykjavik. Originalmente meio campista, foi convertido em zagueiro por sua força física. A mudança rendeu frutos e, durante o tempo que defendeu a zaga do Gotemburgo, o time sueco bateu o recorde de menos gols concedidos. Além disso, o islandês foi o amuleto da sorte do time sueco que, depois da sua chegada, venceu seu primeiro campeonato acabando com uma seca de 11 anos de seca, tomando apenas 23 gols em 26 partidas. Ragnar tem tão pouca pinta de boleiro que foi barrado por um segurança na festa de comemoração do título. Foi necessária a intervenção de jogadores e dirigentes para convencer o brutamontes que Sigurðsson era uma das estrelas do time.

Fazendo jus ao sangue viking que corre em suas veias, aos 20 anos, saiu de casa para jogar pelo IFK Gotemburgo. Em 4 anos, depois de disputar mais de 100 partidas, deixou a Suécia e foi defender o FC Copenhague, na Dinamarca. Atualmente joga no Krasnodar, da Rússia, com contrato até 2018. Isso não impede que times da Inglaterra e Alemanha cobicem seu passe, estipulado em € 5 milhões. Tottenham, Liverpool e Leicester já mostraram interesse pelo jogador e representantes do Schalke e do Wolfsburg entraram em contato com o clube russo. No dia 19 de junho, Sigurðsson completou 30 anos, mas o presente ele espera receber no dia 10 de julho, em Paris.

Depois da França, a história

Antes da Euro começar, as apostas na vitória da Islândia estavam pagando  40/1. Hoje, na véspera da partida contra a anfitriã França, não parece impossível imaginar uma final entre Islândia e País de Gales. Mas chegar às quartas de final já pode ser considerado um feito quase tão grande quanto as conquistas do rei Ragnar. Certeza que o feito renderá altas conversas quando os dois se encontrarem no Valhala.

A primeira adolescência de Gigi Buffon

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Como tantos outros jogadores de futebol, Gianluigi Buffon não teve direito a uma adolescência normal. Começou a carreira no Parma em 1991, aos 13 anos e, 2 anos depois, foi convocado pela primeira vez para a seleção. Com 17 anos, já veterano na Squadra Azzurra, foi promovido a goleiro principal do Parma. Em 2001, chegou à Juventus, e imediatamente virou o camisa 1. Hoje, 19 anos depois, Buffon coleciona títulos e continua batendo recordes.

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28 craques que nunca ganharam a Euro

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Zlatan Ibrahimovic pendurou a camisa sem nunca ter conquistado nada pela seleção sueca. O talento de Ibra está acima de qualquer suspeita, mas ele faz parte de uma longa lista de craques que nunca venceram a Eurocopa. Muitos deles levantaram taças nacionais, a cobiçada orelhuda da Champions League, o troféu Intercontinental e até a Copa do Mundo, mas quando o assunto é Euro, neca de pitibiriba.
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Guia musical da Euro: Bélgica

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Bélgica, terra de Mr. Poirot e de um monte de invenções que mudaram a humanidade. Se o mundo não está explodindo é graças ao Dr. Ferdinand Peeters, inventor da pílula anticoncepcional. Se você está lendo esse texto, deve agradecer a Robert Cailliau, um dos criadores da rede mundial de computadores, a.k.a internet. Acha pouco? O asfalto, o motor de combustão interna e os patins saíram da cachola de criativos belgas.

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