Emmy 2020: Os esnobados

Hoje foram anunciados os indicados aos prêmios Emmy. A cerimônia ocorrerá – sabe-se lá como – no dia 20 de setembro. A Netflix recebeu 160 indicações, seguida pela HBO com 107. 

Enquanto o pessoal de “Watchmen”, série baseada nos quadrinhos de Alan Moore, comemora as 26 indicações, outros lamentam não terem sido lembrados. Como sentimos falta de alguns nomes, resolvemos fazer a lista daqueles que nos presentearam com atuações tão incríveis que mereciam um prêmio. 

Kaitlyn Dever & Merritt Wever – “Inacreditável”

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Inacreditável é Kaitlyn Dever não ter sido indicada! Sua interpretação de Marie Adler, a jovem estuprada que é desacreditada pela polícia, é impressionante. Basta dizer que sem ela não existiria série. Merritt Wever está excelente como a detetive que une forças com outra investigadora e juntas descobrem o culpado, provando que Marie estava falando a verdade. Toni Collette foi a única que se deu bem e faturou uma indicação como coadjuvante.

Rhea Seehorn & Bob Odenkirk – “Better Call Saul”

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A única explicação para ausência de Rhea Seehorn na lista de indicados é que os votantes não assistiram a nenhum episódio de “Better Call Saul“. Sua personagem, Kim Wexler, é simplesmente a melhor coisa da 5ª temporada. A química perfeita entre Seehorn e Odenkirk é coisa rara, o que torna ainda mais inexplicável nenhum dos dois estarem na lista. Pfff…

Claire Danes & Mandy Patinkin – “Homeland”

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Valeu a pena esperar mais de um ano pela última temporada de “Homeland”.  Claire Danes e Mandy Patinkin, pra variar, ofereceram atuações de primeira, o que torna ainda mais estranho não estarem na lista. Como desde a estréia, em 2011, a série nunca deixou de ser indicada, era de se esperar a saideira. Ledo engano! 

Chris Evans & Michelle Dockery – “Defending Jacob”

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A estreia de Chris Evans na TV era muito aguardada. E ele não decepcionou! No papel do pai desesperado que quer provar a inocência do filho, acusado de matar um colega de escola, Capitão América passou com louvor. Sua parceira, Michelle Dockery, é veterana em matéria de Emmys, colecionando quatro indicações: três por “Downton Abbey” e uma por “Godless”. Nada disso foi suficiente para garantir aos dois uma chance de disputar a cobiçada estatueta. 

Ben Mendelsohn & Cynthia Erivo – “The Outsider”

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Difícil aceitar que essa dupla não tenha sido lembrada. A adaptação da HBO do livro de Stephen King é uma das melhores coisas do ano. Suspense dos bons, “The Outsider” une tudo que os fãs do gênero adoram: mistério e sobrenatural. O australiano Mendelsohn, que já tinha mostrado o quanto é bom em “Bloodline”, está soberbo como o detetive Ralph Anderson. Já Cynthia Erivo, que concorreu ao Oscar deste ano por “Harriet”, é uma coadjuvante de luxo e parceira perfeita para Mendelsohn. Ela dá vida a Holly Gibney, a excêntrica investigadora que vai ajudar Anderson a solucionar o caso. 

Elle FanningNicholas Hoult – “The Great”

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Tudo bem, a gente sabe que a dupla de “The Great”, tão jovem e talentosa, terá muitas oportunidades de ganhar prêmios, mas eles estão tão divinamente divertidos, como Catarina, a Grande e seu marido, o czar Peter, que mereciam uma lembrança. Já que não rolou, a gente só pode repetir: Huzzah!

Viola Davis – “How to Get Away with Murder

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Ok, todo mundo sabia que já tinha passado da hora de “How to Get Away with Murder” acabar, mas Viola Davis nos fez amar Annalise Keating, com todas suas falhas e seus defeitos. É tanta maravilhosidade, que ela merecia a indicação só por existir. 

Sarah Paulson – “Mrs. America”

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Amamos Sarah Paulson. Simples assim. Nos últimos anos ela tem sido figurinha fácil no Emmy, por isso é tão chocante descobrir que ela está ausente da lista deste ano. A minissérie “Mrs. America” é recheada de grandes atrizes, começando por Cate Blanchett e passando pelas premiadíssimas Margo Martindale, Tracey Ullman e Uzo Aduba, mas é a Alice Macray de Paulson quem rouba a cena em várias oportunidades. Se você conseguir não se emocionar com ela no episódio “Houston”, parabéns, você é um doador vivo de coração. 

Daisy Edgar-Jones – “Normal People”

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Esse é um caso clássico de injustiça, porque Daisy Edgar-Jones é a melhor coisa de “Normal People”. Ela simplesmente eclipsa Paul Mescal em cada cena que dividem. Mais do que torcer para que o casal fique junto, todo mundo quer que Marianne seja feliz, porque ela é maravilhosa. O mais irônico é que ela foi esnobada, mas Mescal foi indicado. Pfff…

Russell Crowe, “The Loudest Voice”

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Russell Crowe dispensa apresentações, por isso é surpreendente não encontrar o nome dele nas indicações do Emmy. Na sua estreia na TV americana, na minissérie “The Loudest Voice”, Crowe emprestou todo seu talento para interpretar Roger Ailes, o poderoso chefão da FOX News acusado de assédio sexual, que lhe rendeu um Golden Globe no começo do ano. Não repetiu a dose. Uma pena.

Aaron Paul -“El Camino: Um Filme de Breaking Bad”, “Westworld” e “Truth to be Told”

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Aaron Paul esteve tão ocupado nos últimos tempos, que a galera do Emmy podia se dar ao luxo de escolher em que categoria ele seria indicado. Fosse trazendo de volta Jesse Pinkman, no  filme para TV “El Camino: Um Filme de Breaking Bad”, ou como o ‘humano’ Caleb em “Westworld”, ou quem sabe como Warren Cave, o protagonista condenado à morte desde os 16 anos de idade, na série Truth to be Told”, para qualquer um, o prêmio estaria bem entregue. Acabou ficando no ora veja.

Reese Witherspoon – “Big Little Lies”, “The Morning Show” e “Little Fires Everywhere”

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Mesmo caso de Aaron Paul, Reese Witherspoon acabou ficando sem nenhuma indicação. Se a segunda temporada de .“Big Little Lies” foi bem uma imensa decepção,  Reese está ótima em “The Morning Show”, como Bradley Jackson, a ambiciosa repórter que, por um golpe de sorte, vira âncora do programa matutino de grande audiência. Sempre procurando se distanciar das personagens cômicas que a deixaram famosa, tipo “Legalmente Loira”, em “Little Fires Everywhere”, ela interpreta a mãe controladora e perfeccionista. É verdade que ela já tem um Oscar, mas seria legal vê-la ganhando outro prêmio. Fica pra próxima. 

Larry David – “Curb Your Enthusiasm

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Larry David é maravilhoso e a gente tava com saudade. Depois de um hiato de três anos, com eleição de Trump e outros bichos, o mundo merecia uma nova temporada de “Curb Your Enthusiasm”, para voltar a achar graça nas coisas porque a vida está pra lá de chata. Mas nem essa alegria 2020 vai nos dar. 

Baby Yoda – “The Mandalorian”

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Se a gente precisa explicar…  

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